“Empreendedor é aquele que tira de onde não tem e põe onde não cabe.” (Nizan Guanaes)
Construí uma casa na árvore para o meu filho!!! Sim! É uma casinha de criança e está instalada à 2,5 metros de altura, entre duas árvores.
A obra foi iniciada em 18/08/2016 e ficou pronta, instalada e equipada, no dia 24/12/2016.
A ideia
Antes de explicar como foi esta incrível experiência, vou falar de como a ideia surgiu: No dia 03/04/2016 (meu aniversário), convidei alguns amigos para almoçar na casa dos meus pais. Além de mim, do meu filhote e dos meus pais, almoçaram conosco, alguns tios e os 3 amigos: a Elita, o Claudio e a Mari.
Após o almoço resolvi levar os meus amigos para conhecer um espaço em frente à casa da minha mãe, que é a “Beira do Rio”. É um lugar bem arejado, com muitas árvores e com um visual super especial.
E foi justamente durante este momento de descontração, em meio à natureza, que a Elita comentou: “Eder, já que existem tantas árvores aqui, porque você não constrói uma casa na árvore para o seu filho?” Eu concordei que seria uma ideia legal e fiquei com aquilo na cabeça durante algum tempo.
Depois de algumas semanas eu comecei a construir a casa.
Detalhe: Comecei a construir a casa, primeiramente, dentro da minha cabeça. Assim como tudo o que o homem construiu até hoje, é criado duas vezes, uma dentro da sua mente e outra no mundo real, a casa também seguiu o mesmo processo. Demorei cerca de três meses para tirar o projeto da minha cabeça, colocá-lo no papel e iniciar a construção, propriamente dita.
Lição #01: Valorize seus amigos. Você já deve ter ouvido falar que amigos de verdade valem ouro, então, cuide deles como você cuidaria de um tesouro. Além de valorizar seus amigos, dê atenção ao que eles te sugerem, pois pode ser uma ideia super legal, como esta.
A casa foi construída para o meu filho brincar com os seus amiguinhos. Foi um presente de Natal. Porém, além de vê-lo feliz e brincando, existe um segundo motivo para eu ter encarado esta tarefa: A minha satisfação pessoal.
Apesar de trabalhar com tecnologia há muito tempo, sempre gostei de mexer com madeira, também. Quando tinha meus 14 anos, eu construía viveiros de codornas e vendia para alguns parentes.
Obviamente a felicidade do meu filhote vem em primeiro lugar, mas o prazer que tive em construir algo novo e diferente (fora da minha área de atuação) e ver aquilo fazendo a felicidade de uma ou mais pessoas, não tem preço.
Claro que meu filho preferiu brincar com outras coisas do que trabalhar na construção da casa, afinal, ele é uma criança. Contudo, os momentos em que ele realmente participou do processo, fosse martelando um prego, tentando cortar um pedaço de madeira, pintando a portinha, me proporcionaram uma satisfação muito grande e um orgulho imenso.
Esses breves momentos mostraram que a árdua tarefa de dedicar quase todos os meus finais de semana, durante aproximadamente 4 meses, valeu a pena. Vê-lo pregar vários pedaços de madeira e dizer que construiu um avião é mais do que compensador. Vê-lo com um martelo e um formão, tentando cortar um pedaço de madeira pra fazer algo parecido com o que eu estava fazendo na casinha é uma das melhores sensações que já tive como pai.
Lição #02: Aproveite cada momento da sua vida. Dê atenção aos seus filhos. Não deixe de buscar sua felicidade e não se culpe por fazer coisas que te trazem prazer. Se for algo que beneficie outras pessoas, melhor ainda.
A casa foi construída em um local à beira do Rio Tubarão, em uma área bastante arborizada. Além disso, o projeto contemplou uma rampa para as crianças poderem subir e descer da casinha, e alguns brinquedos complementares para elas se divertirem.
Meu grande “ajudante” e fiel escudeiro no projeto foi meu pai (72 anos). Sem ele, o serviço seria muito mais trabalhoso e o prazo não seria cumprido. Tive a honra de contar com a ajuda de outros parentes e amigos durante todo o processo. Vou citá-los neste artigo, mais adiante.
Cerca de 80% do material utilizado na construção foi madeira de paletes. A casa, em si, já está pronta e os acessórios estão no cronograma para serem implementados em breve.
Nesta tarefa envolvi meu pai, meu filho, outros membros da família, muitos amigos e, de quebra, matei a saudade de um hobby que eu gostava muito.
Lição #03: Você não precisa de tecnologia avançada, brinquedos caros ou grandes recursos financeiros para fazer seus filhos felizes. Use o que você tem em mãos, chame seus amigos e familiares e coloque sua criatividade em prática. Isso basta.
O projeto
Para transpor a ideia da minha mente para o papel foram necessários alguns meses de reflexão e preparação, como citei anteriormente.
Antes de executar o projeto fiz uma pesquisa para saber quais eram as opções para uma construção deste tipo. Encontrei projetos de todas as formas e dimensões.
Dei uma espiada, também, na construção de casas normais (grandes) para aprimorar minhas ideias e poder imaginar como eu iria colocar o projeto em prática. Depois da pesquisa chegou a hora de rabiscar os primeiros traços e definir as dimensões e formato da casinha.
Depois do projeto rascunhado era hora de pensar nos materiais. Eu já havia conseguido uma quantidade razoável de paletes para ser serem utilizados nas paredes, assoalho e rampas de acesso. Contudo, era necessário adquirir madeiras para montar a estrutura das paredes, telhado e varanda.
Os paletes foram uma doação do meu grande amigo, Atílio. Ele trabalha em uma indústria têxtil e disse que eu poderia buscar o material quando fosse necessário. O restante das madeiras eu comprei com meu outro amigo, Gilson, na madeireira De Pieri, localizada no bairro Morrotes, aqui em Tubarão-SC.
Ao longo da construção surgiu a necessidade de outros produtos, como tinta, pregos, parafusos, dobradiças, material elétrico, PVC, etc. Falarei mais sobre estes materiais logo abaixo.
Lição #04: Planeje, olhe ao redor, identifique tudo que pode ser reaproveitado, converse com outras pessoas, aceite ajuda, economize em tudo que for possível e viabilize a sua ideia antes de começar. Isso faz toda a diferença.
Os materiais
Como já comentado, tive que economizar ao máximo. Mesmo utilizando paletes (doados) em boa parte da construção, não foi possível fugir de alguns gastos. De qualquer forma, eu já tinha me preparado, economizado dinheiro durante um tempo para poder investir neste projeto (Lembra que falei que demorei alguns meses para colocar a ideia em prática?).
A principal matéria prima, sem dúvida, foi a madeira. Porém, para fazer um acabamento de qualidade e garantir a segurança dos futuros “moradores”, foram necessários vários materiais complementares. Segue a lista de tudo que foi utilizado na construção:
- Madeira de paletes para as paredes, assoalho e rampas;
- Sarrafos de pinos para a armação das paredes, telhado e varanda;
- Postes de eucalipto para sustentação da casa e das rampas;
- Pregos e grampos para uso diverso;
- Parafusos, arruelas e porcas para fixação das paredes, corrimãos e outros;
- Tinta para madeira;
- Forro de PVC para o telhado;
- Cordas de nylon para proteção das rampas;
- Fios de cobre de 2,5 mm para a fiação elétrica;
- Disjuntores, lâmpadas, tomadas, refletores e canaletas para iluminação;
- Dobradiças, fechaduras, abraçadeiras para portas e janelas;
- Forração de plástico para os bancos e mesa do lanche;
- Fibra e Resina para construir o escorregador;
- Mangueira de plástico para fiação elétrica;
- Plástico preto para forração do telhado.
Lição #05: Se você não possui recursos financeiros para o seu projeto, programe-se, faça pequenos sacrifícios, economize e faça um planejamento a médio e longo prazos. Não há porque desistir da ideia/sonho ou se enrolar em compromissos financeiros desnecessários, como empréstimos, por exemplo.
As ferramentas
Precisei utilizar uma série de ferramentas durante a construção da casinha. A maioria delas eu já possuía, e as que eu não tinha à disposição, consegui com o meu pai, amigos e parentes.
Entre as ferramentas utilizadas estão aquelas que serviram do início ao final da construção (ex.: martelo, trena, lápis), e as que foram utilizadas em situações específicas, onde realmente era necessário um equipamento diferenciado.
Com exceção do desgaste normal das ferramentas, não houve nenhum problema relacionado à quebra ou defeito.
Veja a lista das ferramentas que foram utilizadas na obra:
- Serra elétrica circular;
- Moto-serra à gasolina;
- Martelo;
- Marreta;
- Nível;
- Régua;
- Trena;
- Lápis;
- Caneta;
- Pé de cabra;
- Chave de fenda e philips;
- Chave de boca;
- Alicate;
- Arco de serra;
- Serrote;
- Serra tico tico;
- Furadeira;
- Brocas;
- Esquadro;
- Lixa;
- Pincel;
- Formão;
- Cavadeira articulada;
- Cavadeira reta;
- Enxada;
- Pá;
- Grosa.
Lição #06: Se não fosse a serra circular, por exemplo, provavelmente eu teria levado o dobro do tempo gasto na construção. Se não fosse o esquadro e o nível, talvez a casinha não tivesse ficado tão bonita e segura. Cada tarefa exige um equipamento adequado, cada problema deve ser resolvido com a solução apropriada. Otimize seu tempo e use as ferramentas certas para agilizar o seu trabalho. Não tente resolver seus problemas utilizando ferramentas inadequadas.
Os custos
Eu não tinha a mínima ideia de quanto custaria a construção da casinha. No início eu contava apenas com os rabiscos do projeto, as ferramentas e um monte de paletes empilhados no local.
Quando decidi realmente iniciar a tarefa, criei uma planilha e fiz uma estimativa de custos. Obviamente a estimativa furou. :-/
Veja a planilha real de custos da obra:
Material | Custo |
Madeiras de acabamento | R$ 222,00 |
Paletes | R$ 0,00 (Doação) |
Postes de eucalipto | R$ 150,00 |
Pregos e grampos | R$ 70,00 (Patrocinado) |
Parafusos e porcas | R$ 65,00 |
Material de pintura | R$ 380,00 (Patrocinado) |
Forros de PVC | R$ 80,00 |
Cordas de nylon | R$ 30,00 |
Fiação elétrica | R$ 0,00 (Doação) |
Material elétrico | R$ 115,00 |
Ferragens | R$ 25,00 |
Forração de plástico | R$ 14,00 |
Fibra e Resina | R$ 165,00 |
Moldes e pincéis | R$ 45,00 |
Total: | R$ 1.361,00 |
Resumindo: tive um gasto de R$ 911,00, meu pai patrocinou R$ 450,00, totalizando R$ 1.361,00. Além disso, recebi doação de paletes (Atílio) e dos fios elétricos (Elita).
Então vem as perguntas: Nossa, Eder, investir mais de mil reais em um brinquedo para o seu filho, não é demais? Você deve ganhar bem, hein?!! O dinheiro deve estar sobrando, né?!!! Você prega que dá pra fazer brinquedos sem grandes recursos financeiros e agora vem falar em um brinquedo de mais de mil reais!!!???? :-/
Apesar de eu acreditar piamente na frase “Não se desgaste com explicações. Os amigos não precisam delas e os inimigos não irão acreditar mesmo“, vamos às respostas:
1- Investir mais de mil reais em um brinquedo para o seu filho, não é demais!?
Resposta: Sim, seria demais! Porém, não se trata de um simples brinquedo. É uma casa na árvore, cercada de natureza e com bastante espaço para brincar, que irá durar alguns anos. Além do “brinquedo” em si, a experiência pessoal de fazer algo junto com o meu pai e de quebra, ensinar meu filho a construir, empreender, reciclar, trabalhar, se divertir, compartilhar e preservar, não tem preço. Diria, inclusive, que foi um momento transformador e marcante em nossas vidas.
2- Você deve ganhar bem, hein!?
Resposta: Não, eu ainda não ganho bem! Porém, me programei durante algum tempo para poder investir nesse projeto. Assumi a responsabilidade dentro de um planejamento e de um orçamento pré-definido.
3- O dinheiro deve estar sobrando, né!?
Resposta: Não, o dinheiro não está sobrando. Tenho um custo de vida considerável, mas, como já comentei, fiz uma programação para poder dispor desse dinheiro. Além de programar, fiz alguns “sacrifícios” pessoais nos últimos meses para poder compensar este investimento. E o mais importante: Não morri por causa disso e o resultado foi melhor do que eu esperava.
4- Você prega que dá pra fazer brinquedos sem grandes recursos financeiros e agora vem falar em um brinquedo de mais de mil reais!?
Resposta: A casa na árvore é o maior e mais caro “brinquedo” que eu já fiz para o meu filho. Já expliquei acima como eu consegui viabilizar o investimento. Você quer que eu desenhe?? 😉
Falando a sério: Antes da casa na árvore eu já fiz inúmeros outros brinquedos para o meu filhote, inclusive, alguns deles, sem gastar absolutamente nada (ex: https://youtu.be/SimJSpdYyUg) ou quase nada (ex.: https://youtu.be/5d7-CH-NqnA).
Lição #07: Coloque na balança todas as opções e decida se vale a pena fazer alguns sacrifícios e investir em um projeto/sonho novo ou continuar na sua rotina. Independente da sua escolha, não se arrependa. Arrependimento não muda nada na sua vida. Apenas tenha a certeza de que foi a melhor escolha, de que tudo valeu a pena e siga em frente.
Os erros
Um projeto de 4 meses, com um alto nível de detalhes e com recursos limitados não tinha como escapar de algumas falhas.
Eu tinha uma noção de como é trabalhar com madeira pelo fato de que, na minha adolescência e juventude, eu já tinha esse hobby; porém, fazia muito tempo que eu realmente não colocava a mão na massa.
Na minha opinião, o mais importante na hora de resolver algum problema, é você ter serenidade para analisar o que pode ser feito para corrigir a falha, agilidade para que aquilo não atrapalhe o seu cronograma, e criatividade para que aquele imprevisto não onere o seu orçamento. Foi desta forma que tentei ligar com as situações inesperadas durante a execução do projeto.
Vou listar abaixo as principais falhas que me deparei enquanto trabalhava na construção da casinha:
- Uma parede ficou menor (Falta de atenção)
A primeira parte da casa que eu construí foi o assoalho. Na sequência, fiz as paredes, o telhado, a varanda e, por último, as rampas de acesso. Quando eu terminei de construir as paredes, constatei que uma das 4 partes estava 10 centímetros menor que as outras três.
O motivo foi que eu usei a trena de uma maneira diferente, enquanto construía uma das paredes, por isso, fiz uma medição equivocada. Só fui notar depois da parede pronta.
A solução foi criar uma extensão de 10 centímetros para deixar aquela parede da mesma altura que as demais. Para amenizar a falha, esta extensão foi feita do lado de cima e, com isso, ficou escondida na base do telhado. - A rampa ficou desnivelada e muito inclinada (Erro na conferência)
Uma das ferramentas que mais utilizei na construção foi o nível, justamente para garantir que tudo ficaria alinhado e equilibrado. Porém, em uma das rampas, eu esqueci de nivelar a horizontal e, por isso, ela ficou levemente fora de nível. Sim, “levemente”. Provavelmente poucas pessoas irão notar. Mas, por causa do meu amigo “perfeccionismo”, esse detalhe me incomodou um pouco no início. Como eu notei depois que todas as tábuas e o corrimão já estavam no lugar, decidi não corrigir esta pequena falha, uma vez que é discreta e não prejudica a segurança das crianças. - A pampa ficou muito inclinada (Erro nos cálculos)
Um outro ponto, também relacionado a uma das rampas, é que ela ficou com uma inclinação diferente do que eu desejava. Para resolver este ponto, instalei pequenos degraus em toda a extensão da rampa. Desta forma, não há risco de escorregões para quem sobe até a casinha, mesmo com a inclinação acentuada. - O encaixe da base do assoalho ficou desalinhado (Erro nos cálculos)
Para sustentar o assoalho que, por sua vez, sustenta a casa, eu construí duas traves com postes de eucaliptos, entre as árvores, onde a residência seria instalada. A fim de garantir que esta base ficaria bem afixada nas traves, fiz encaixes nos postes que sustentariam a casa, horizontalmente. O detalhe é que fiz estes rasgos sem apoiar o assoalho sobre os postes. Ou seja, como a casinha foi construída em outro local, tive que medir a distância das madeiras e estimar o local de cada um dos 8 encaixes. Minhas estimativas não foram perfeitas, por isso, os rasgos ficaram deslocados cerca de 2 centímetros.
Só me deparei com essa falha quando colocamos a estrutura do assoalho (pesando mais de 100 kg) para cima das traves. Como o assoalho era muito pesado e não havia espaço para eu colocá-lo em outro local, tive muito trabalho para corrigir este problema. - Corte desalinhado das placas de PVC (Falta de atenção)
Como eu necessitava de uma estrutura leve e barata para fazer a parte de cima do telhado, resolvi aceitar a ideia de um amigo e utilizar o próprio forro de PVC no lugar de telhas comuns. Até aí, tudo bem. Quando fui comprar as placas de PVC, pedi para o vendedor cortá-las para que eu pudesse transportá-las dentro do meu carro. Considerando que cada uma das 11 placas media 3 metros e eu precisaria de 22 partes de 1,5 metros, não haveria problemas em eu levá-las já cortadas.
O problema aconteceu na hora do funcionário da loja cortar as placas. Ele usou uma serrinha de má qualidade e, com isso, os cortes ficaram muito desalinhados. Isso me obrigou a cortar novamente cada uma das placas para deixá-las no esquadro.
Por este motivo perdi alguns centímetros em cada peça, gerando um problema no fechamento da parte superior do telhado.
Para resolver a situação, instalei uma cantoneira de chapa para fazer o acabamento e fechar o espaço que havia ficado no culme do telhado. - Ripas rachadas (Produto de má qualidade)
Utilizei várias ripas de pinos para fazer a estrutura das paredes e do telhado. Entre as ripas que comprei na madeireira, algumas vieram com “nós”.O problema foi que alguns desses “nós” racharam após a montagem da estrutura propriamente dita, inviabilizando a troca.
Para reverter a situação, precisei fazer emendas com outras ripas, fixando a rachadura e reforçando a estrutura danificada.
Lição #08: Não se iluda achando que você não terá problemas na execução de uma determinada tarefa. A probabilidade de que esses problemas tomem proporções maiores devido a sua falta de conhecimento para executar aquela tarefa é grande. Por isso, esteja sempre preparado para lidar com situações adversas e mantenha a calma, mesmo que o ocorrido seja algo profundamente desagradável. Entrar em desespero ou procurar culpados não irá ajudar.
O resultado
No início, a ideia não foi bem aceita por alguns membros da família e por algumas pessoas próximas.
Podemos considerar uma reação relativamente normal, pois nunca tive o hábito de compartilhar minhas ideias antes da hora, gerando certa desconfiança em relação aos resultados.
Superando esta fase (desconfiança), entramos na fase de conquista, de revelação, de superação, ou algo parecido. É o momento em que o projeto começa a tomar corpo, começa a se tornar real e confiável. Neste momento, as pessoas que não acreditavam que aquilo era possível, tiveram que repensar e começaram a admirar o que estavam vendo.
Enfim, o que havia sido prometido há meses, estava se concretizando, ou melhor, surgindo de uma forma que ninguém imaginava. Nem eu mesmo.
Além dos voluntários que estiveram presentes em algumas fases do projeto, a participação de visitantes e admiradores crescia conforme a obra tomava corpo, se materializava onde antes não havia nada além de árvores e vegetação nativa.
Entre elogios e desejos, a promessa foi cumprida e o presente de Natal foi entregue, precisamente no dia 24/12/2016, para o meu filho e todas as pessoas que desejarem conhecer o novo “brinquedo”.
O projeto não para por aqui. Durante a construção, além de receber visitantes ilustres e muitos admiradores, novas ideias surgiram e serão executadas conforme necessidade e orçamento.
O resultado foi melhor do que o esperado. Em breve teremos novidades!
Lição #09: Pode ser que você não obtenha o resultado que almejava, mas tente agradecer pelo resultado que conquistou. Siga em frente e melhore cada vez mais. A partir do momento que você se compromete com algo, direcione seus esforços para que sua promessa seja cumprida, para que as pessoas acreditem em você. Mesmo que não tenha os recursos necessários para uma determinada tarefa, faça o seu melhor, faça com prazer, valorize seu esforço e sua dedicação. O resultado também será o melhor possível.
Agradecimentos
Como comentei acima, tive a honra de contar com o auxílio de várias pessoas, entre parentes e amigos. Vou citar cada um deles, como forma de gratidão por terem participado do projeto.
- Romário (meu pai) – [ Ajudou durante todo o processo e patrocinou parte do investimento]
- Castorina (minha mãe) – [ Cedeu o terreno e contribuiu com ideias ]
- Glaucia (minha irmã) – [ Mesmo a distância, sempre incentivou e também ajudou a mobiliar a casinha ]
- Jackson (meu cunhado) – [ Mesmo a distância, sempre incentivou e valorizou o propósito do projeto ]
- Serjão (meu primo) – [ Emprestou a serra circular – ajudou muito!! ]
- Vitor (meu filhote) – [ Não preciso nem comentar <3 <3 <3]
- Ramon
- Anderson
- Cassiano
- Lucas
- Paulo 1
- Paulo 2
- Edmar
- Otávio
- Miguel
- Gustavo
- Elita
- Claudio
- Mari
- Amigos do Facebook
Lição #10: Família, amigos e você mesmo. Valorize, sempre!
Resumo das etapas
A galera transportando e montando as partes
Falando sobre a montagem da casinha
O “dono” da casa apresentando o empreendimento
Mais fotos
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